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No primeiro semestre deste ano, mais de 33 milhões de brasileiros ficaram sem acesso a qualquer tipo de alimento, em uma situação que os organismos internacionais classificam como fome ou insegurança alimentar grave.
Outros 125,2 milhões foram jogados para o estágio de insegurança alimentar, ou seja, ficaram sem acesso a uma alimentação adequada.
Os indicadores da fome no Brasil constam do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da covid-19 no Brasil, lançado no início de junho pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).
No final de 2020, a fome era realidade vivida pelos moradores de 22,8% dos domicílios brasileiros com renda familiar inferior a um quarto do salário mínimo.
Nesta mesma faixa de renda, uma de cada quatro famílias não tiveram acesso a alimentos para cobrir as necessidades de todos os membros da família, o que se caracteriza como insegurança alimentar moderada.
Entre o final de 2020 e o início de 2022, nesta mesma faixa de rendimentos, houve redução significativa da proporção de famílias que tinham alguma segurança alimentar.
Em pouco mais de um ano, a fome dobrou nesses domicílios, cujas famílias foram jogadas na extrema pobreza.